Minicurso 1Educação geográfica humanista e fenomenológica
Juliana Maddalena Trifilio Dias (UFJF)
[email protected] Valéria Amorim do Carmo (UFMG) [email protected] A Geografia contemporânea nos permite realizar escolhas teóricos-metodológicas em diferentes ancoragens. Este minicurso opta por uma Geografia no esteio da Fenomenologia e na busca para que o ser se revele. As diferentes correntes e Escolas do pensamento geográfico foram sendo incorporadas na didatização da Geografia. Com elas, também variavam os métodos ora explicativo, ora descritivo que passaram a compor o cenário de materiais didáticos brasileiros. As reflexões teóricas e metodológicas de pesquisas desenvolvidos, apontam a Geografia Humanista como possibilidade de amparar processos educativos sobre o princípio de compreender o eixo que atravessa experiência, percepção, visão de mundo, atitude, sonhos, devaneios, imaginação e memória, neste caso, na aprendizagem geográfica. Neste minicurso vamos considerar múltiplos olhares para os lugares no ensino de Geografia ao afirmar um ensino pautado na escuta e na experiência individual de ser-estar no mundo para além da objetivação da ciência geográfica.
Será através da arte que iremos buscar construir nosso fazer de forma mais autêntica para que possamos mostrar outras maneiras de pensar a educação geográfica voltada não apenas ao conteúdo, mas também ao mundo-da-vida, onde a experiência tenha um papel central no processo de ensino-aprendizagem. Assim, consideramos a fotografia, a poesia, o desenho como grandes aliados neste processo de melhor compreender nosso habitar sobre a terra. Aliados que poderão nos auxiliar a desvelar a relação terra-homem-mundo, sua geograficidade. |
Minicurso 2"Em habitando os mortais são": por uma geografia e uma arquitetura do habitar
Habitar. Ideia que compreende a relação ser humano-espaços como uma totalidade, abrangendo diversos aspectos das experiências humanas em sua relação visceral com a Terra. Nossa proposta nesse minicurso é apresentar o habitar como possibilidade para pensar uma geografia humanista e uma arquitetura fenomenológicas. Desvelado por meio da fenomenologia, o habitar é a matéria-prima e o materializador da arquitetura. Expresso, portanto, no ordinário, no corriqueiro, nos grandes e pequenos modos de relacionar-se dos seres humanos – seja com os espaços, com o outro, ou consigo mesmo –, é manifesto do mundo-vivido. Teremos como ponto de partida a ideia de habitar explorada por Martin Heidegger que abarca o sentido existencial do termo, buscando o desvelar a partir da arquitetura e da paisagem, em uma dança entrelaçante da quadratura. Abordaremos também o habitar e a partir de estudos que nos acompanham no percurso da busca do mundo fenomenologicamente vivido e construído, inspiradas por todos que poeticamente habitam o mundo.
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